sábado, 29 de novembro de 2008

Oscilacões a parte…

Eu acredito que quase tudo muda o tempo todo. Assim como outras coisas nunca mudam e isso, às vezes, é bom ou péssimo. Acredito que existam pessoas boas em meios ruins e vice-versa. Acredito que posso fazer a diferença (mas creio que ainda não o faço de modo efetivo, como deveria). Acredito na sabedoria de alguns idosos, nos sonhos e na intuição. Acredito na amizade como uma energia poderosa que nos une e fortifica. Acredito na teoria da relatividade, superficialmente em superstições, em boas e más vibrações.

Acredito que museus são lugares fascinantes e carregados de energias boas e nefastas. Talvez, por isso, não goste de objetos usados, pois acredito que eles carregam a energia de seus usuários, e isso nem sempre é bom. Acredito no amor, puro e simples. Assim como creio na maldade, aquela sem grandes explicações; acredito que existam pessoas sem traumas e que por opção gostam de ser ruins. Acredito em extraterrestres. Acredito que um dia poderei tocar as estrelas (em sonho ou não...quem sabe?). Acredito na harmonia como resultado da liberdade somada a utopia e ações revolucionárias, revelando o verdadeiro equilíbrio.

Acredito que este equilíbrio acontece ou surge de forma diferente para cada um. Aliás, falando em diferença, creio que ser diferente seja o principio natural que nos une e, que a melhor maneira de respeitar alguém é pelo que ele é, respeitando assim sua unicidade. Acredito que muitas crianças são perfeitos demônios, que carregam em si um comportamento pedante e egocêntrico, sem limites, sendo pequenos seres insuportáveis. Acredito em exceções e, por isso, creio em algumas crianças boazinhas e bobinhas por natureza.

Acredito que a fé é importante, mas não as religiões. Acredito que os atos são mais dignos que os dogmas que nos são impostos todos os dias. Acredito na sinceridade como um caminho para uma consciência tranqüila. Acredito que os medos devem ser enfrentados e que encarar nos ajuda a crescer. Acredito que fazer isso não é fácil, porém não fazer é um disperdício de vida. Acredito que cada um é um universo. Acredito na magia dos filmes. Acredito na ousadia, em grandes idéias e em loucas teorias. Acredito em Deus, mas não no homem.

Acredito que errar é fundamental para poder acertar e valorizar o que se conquistou. Acredito que ser espontâneo é essencial num mundo tão artificial. Acredito que rir e chorar ajuda muitas coisas a melhorar. Acredito que ler é uma aventura. Acredito nos mistérios do coração. Acredito que minha vida não teria a mesma graça sem música. Acredito que um olhar pode me derrubar. Acredito no livre arbítrio.

Acredito que é possível mudar por meios pacíficos, mas também creio que ser enérgico e duro ajuda a fazer justiça e punir como se deve. Eu acredito na arte como algo revolucionário. Acredito que somos feitos da mesma matéria e movidos a paixões e que isso nos motiva a seguir. Acredito no presente, mais do que no passado ou futuro. Acredito que a Terra é redonda e que mesmo com tanta merda acontecendo o mundo pode melhorar.

Insight sobre questões existenciais e outras coisinhas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Para o leste-sul da Europa e avante...




Em meus sonhos corro abaixo de dias claros, ensolarados de uma maneira mágica, com uma energia genuína e forte. O céu limpo apresenta poucas nuvens, com um azul imponente de doer os olhos, bem como o mar, que afinal reflete sua magnitude.


Existe algo no ar lá. Algo que ainda não senti fisicamente, mas meu espírito já. Um bem estar magnífico, que me faz livre para voar mais alto. É algo tão bom, quase como se eu pudesse sentir tudo e a todos ao mesmo tempo. Creio que isso surja por suas arquiteturas tão bonitas e modestas que revelam uma riqueza simplória. E esse azul e branco? Que se destaca entre suas ruas de pedra, com folhagens que envolvem flores delicadas e graciosas, que vão de variadas nuances de rosa até o vermelho mais forte.



Tudo com uma beleza que parece pulsar de maneira simples e honesta. Uma definição perfeita para uma cultura verdadeira, o berço da civilização e inteligência humana. Em meio a isso tudo, observo suas estruturas tão aconchegantes, que despontam dentro de um cenário praticamente surreal. É tudo tão familiar que pareço ser abraçada calorosamente por essa visão. São vilas que emanam um encantamento absurdo, como um poderoso feitiço.



Lá tudo me atrai: seus símbolos, suas histórias, suas deusas e deuses, suas palavras, sua arte, seu calor humano e suas tradições, que trouxeram ao mundo algo puro, mostrando que o homem é capaz de grandes feitos.


E suas noites? São mais estreladas que em qualquer outro lugar. As músicas, as pessoas, as comidas, as danças, tudo integrado e em harmonia, despertando um amor que preenche a alma.


No entanto, pode ser tudo uma grande ilusão, uma miragem do melhor que existiu ou existe lá, de outros tempos ou simplesmente pode ser real, um sonho que pode ser sentido de verdade. Contudo, só poderei descobrir conduzindo meus caminhos até lá, tentando compreender toda essa beleza ou até mesmo me desiludindo. Afinal, os sonhos desenvolvem expectativas que alimentamos de forma positiva ou negativa, de acordo com o grau de esperança que cada um carrega dentro de si.


Espero um dia sentir a areia de suas praias e ver com meus próprios olhos este azul, conhecer suas pessoas, dançar suas músicas e saborear tudo o que for possível. Jogar conversa fora entre amigos e estranhos conhecidos, contar as estrelas e mergulhar...


Espero um dia realizar isso, ir de encontro ao Olímpio, a um sonho e assim poder abraçar a realidade de viver dias inesquecíveis.

Insight inspirado na vontade de conhecer e veneração por um país chamado Grécia.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Confissões de Infância: os personagens que me perseguem


ATENÇÃO: Conteúdo impróprio e certamente de difícil compreensão para não nascidos na década de 80.


Diário de bordo por Guide


Registro: 0004-12


17 de julho de 1986


Todo dia é isso: “Queeeeem quer pão. Quem quer pão. Quem quer pão. Que tá quentin, tá quentin, tá quentin.Tão gostosin, gostosin, gostosin. Quero mais um. MAIS UM!” Sou acordada todas as manhãs ouvindo a voz da Xuxa me convidando a tomar café da manhã. Sempre com muita preguiça vou para cozinha.


Hoje, encontrei Zé Colméia tentando roubar uma cesta de frutas: - O que? De novo! – pensei em voz alta. Ele sorriu e disfarçou. Quando sento a mesa, rapidamente Salsicha e Scooby-Doo juntam-se a mim, a tempo pego meu sanduíche e café com leite Em instantes toda comida some, pois é eles estavam com um “pouco” de fome. Então lembro que antes do almoço tenho que fazer uma visita importante a Lion, afinal havia prometido ir à toca dos Thundercats para cuidar dos pirralhos WillyKit e WillyKat, enquanto Cheetara, Tiger e Panthro estavam numa importante missão.


Eita! Mas antes teria de ir com Smurfete ao cabeleireiro e passar no Sitio do Pica-pau Amarelo para pegar uma fornada especial do bolo de Dona Benta. Hummm... Tenho que correr. Para chegar rapidinho ao salão não posso esquecer de tomar o energético dos ursinhos Gambi. Sempre ajuda!


Algumas horas depois...


Ufa! Cheguei a tempo para almoço: - Guideeeeeee, tá pronto! Vem comer! Era minha mãe. Tinha chegado em cima da hora. Enquanto caminho para cozinha vejo o Mestre dos Magos aparecer do nada, carregando um livro de receitas que prometera emprestar a minha mãe. Presto tentava (sem muito sucesso) arrumar a mesa. Erick só reclamava. Então vejo Adam, que com um pouco de receio de Sloth (que não parava de pedir Chocolaaaaaaaate), sorriu pra mim. Cumprimentei a galera e lembrei de lavar as mãos.


Seguindo em direção ao banheiro vi pela janela , que dá vista para o quintal um arco-íris estacionar e toda turminha dos ursinhos carinhosos chegar. Pegando carona com eles vieram Pig, Caco, Gonzo, Mimi e Animaaaaal! (pow mó figura ele!). Perto da porta do banheiro não consigo abrir: - Tem alguém? – pergunto. Eis que Maligna sai, bem mau-humorada por sinal (normal).


Mãos lavadas volto à cozinha. Sloth já tinha ido embora, infelizmente Adam também. Mas He-man havia chegado e botava ordem na bagunça que Vingador e os Muppets aprontavam. Minha mãe nem tinha noção da loucura que rolava na cozinha, pois estava despachando um velho neurótico chamado Gargamel, que estava atrás dos meus amiguinhos azuizinhos, Smurfs, que apouco tinham chegado. Ela discretamente tocou o doido dali.


Ânimos mais calmos comíamos todos felizes e contentes. She-ra ajudava a servir a sobremesa. Velma tentava conter as investidas de Salsicha e Scooby a torta. Nossa tava muito boooom!


Pedi licença e fui escovar os dentes, ao terminar escutei uma musiquinha ao longe “Ge Ge long get long”, pow era a “Nossa Turma” me chamando para um passeio no trenzinho deles: - O que? Demoro! Me mandei!


No caminho visitamos a toca do Pernalonga e depois demos uma parada para tomar um chá com o Gaguinho. Já no trenzinho cruzamos com Pica-Pau e Pé de Pano. Foi quando, minutos depois, subitamente, fomos interceptados por Dick Vigarista e a alguns elementos da organização Cobra (estavam querendo seqüestrar Montgomery, que era um agente disfarçado e que guardava um grande segredo O.O). Quando tudo estava perdido Michelangelo, Donatelo, Leonardo e Rafael apareceram. Não demorou muito para um helicóptero chegar com toda a equipe do GI Joe botando todo mundo pra correr. Aê! Ihuuuuuuuu!


Durante a volta para casa fomos escoltados por ninguém menos que Indiana Jones (lindoooo *______*). Algum tempo depois estava entregue.


Em casa fui jantar e minha mãe já estava sabendo do ocorrido. Em agradecimento convidou todas as tartarugas para comer muita pizza. Magali sentiu o cheirinho de orégano de longe e veio participar, juntamente com Mônica e Cebolinha. Mestre Splinter, muito prestativo, ajudou minha mãe a arrumar a cozinha, depois disso todos foram embora.


Mais um dia terminava, fui tomar banho e me preparar para dormir. Já na cama não conseguia adormecer foi quando vi uma luzinha beeeem ao longe. De repente, vi que era Sininho! Dei um pulo na cama. Ouvi um barulho na janela e vi que era Peter me chamando. Ai ai ai... A noite só estava começando. Terra do Nunca aí vou eu! XD Afff que minha vida de criança é muito atribulada. XD


Insight sobre lembranças de uma criança que vive numa mulher.

domingo, 21 de setembro de 2008

Happy endings no more


Saturada: essa é a palavra que me define nesse momento. E isso não tem nada haver com trabalho, há muito me sinto assim. É um sentimento que surge ora mais forte, ora mais fraco. Veja bem, não é nem uma sensação ruim, ou algo que diminua minha crença na humanidade. Na verdade é um sentimento, que penso muitas vezes ser insano, ou não..., sei lá, parece que estamos sobrecarregados de uma mesmice tão grande que as piores notícias e situações mais degradantes já não nos chocam mais. Digo isso por mim, não me choca mais. E fico abismada internamente por não sofrer o impacto de algo que sei que é grave, porém já se tornou algo comum inserido no cotidiano absurdo que levamos.


Às vezes penso se esta mentalidade não faz parte do realismo que toma conta de mim e avisa para estar preparado ao pior, que também me diz com muita firmeza que o ser humano é por natureza um ser que está enraizado na maldade, propenso a destruição, e que ele vai encarar essa face oculta mais cedo ou mais tarde. Tá! Tudo bem, eu sei que temos 50% de chance para sermos bons, afinal metade de nós repousa na luz e a outra se agita na escuridão.

E todo mundo que crê no melhor fica um pouco revoltado com a possibilidade de alguém questionar que o ser humano não tem jeito, todos somos civilizados não é mesmo? Será? Tire a proteção que te envolve, fique exposto e sinta-se um pouco ameaçado para ver se o instinto de sobrevivência não te fará correr, bater e tomar atitudes insanas. Sobre pressão e cercados pelo medo, tudo muda, o que fazia muito sentido cinco minutos atrás agora simplesmente não importa mais. E é justamente perante situações extremas que o ser humano mostra sua verdadeira face, sendo capaz das maiores babáreis. E detalhe, que os outros envolvidos na mesma corrente do “bem” é que proporcionaram a este à pressão que destruiu seus sonhos, seu mundo certinho e perfeito. Assim, quantos todos os dias que ouvem notícias horríveis e que se compadecem por alguns minutos não desmoronam quando são atacados por esta realidade, que só parecia acontecer na televisão. Afinal é “um pouco” diferente ver a desgraça acontecer com os outros e depois senti-lá na pele. É bem diferente, não é mesmo?

O mais louco é que quando você se vê na merda, cheio de problemas, todo mundo some. E sozinho você logo percebe que se não achar uma solução, ninguém irá. É chato estar com alguém problemático, não é? Cheio de inseguranças e confuso? Logo você se irrita e vai procurar alguém mais decidido com a chamada personalidade. Acredito que este afastamento acontece principalmente pelo medo de se infectar com o problema do próximo, ou o fato de ter que fazer algo pra ajudá-lo se torna mais do que um motivo para sair de cena. Tá certo que existe gente que abusa da nossa boa vontade, mas estou falando de uma reação natural de repulsa (que pode ser leve ou forte) que sentimos daquele que se aproxima de nós trazendo más noticias e problemas. Afinal ninguém gosta que alguém estrague nossa felicidade. E se gosta, então eu diria que você tem problemas!

Gosto muito de filmes estilo sessão da tarde, recheados de super aventuras e turmas do barulho que explodem de felicidade nos finais mais que felizes. Entretanto, hoje, me vejo muito mais interessada em histórias que trabalham e questionam as problemáticas do ser humano, seu comportamento, seu lado bom, seu lado ruim. Evidenciando mais a verdade e não a ilusão, mostrando realidades mais possíveis, mesmo que duras e difíceis de aceitar. Mesmo assim, no meu coração sempre haverá um espaço para filmes melosos e com finais felizes, afinal gosto de momentos de alegria. Porém, para construí-los de maneira verdadeira é preciso encarar a realidade de fato que vivemos, para até sabermos, que o que sentimos e vivenciamos é real e não uma fantasia. Assim sou a favor de finais felizes e também dos surpreendentes, dos tristes, dos estranhos e dos chocantes no pior sentido, porque não? Afinal a vida é feita de todos esses elementos. Ou você ainda acredita que no final do arco-íris existe um pote de ouro?


Insight de saco cheio, talvez um pouco confuso, talvez não.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Ele é...


Ele é uma pessoa especial na minha vida. Ele sempre me ajudou, me compreendeu. Sempre esteve do meu lado. Com ele vivo aventuras muito engraçada, é verdade que, isso ocorria mais quando eu era pequena, mas ainda assim em meio à correria do dia a dia, quando dá, a gente sai junto e vira e mexe algo inusitado acontece. Tá certo que, boa parte da confusão muitas vezes acontecia por minha culpa. Hehehe... E olha, que eu nem era uma criança peralta. Sempre gostei de sair com ele nos finais de semana e fazer a feira da semana, ir ao mercadão da cidade (na época, interior de sampa), andar com ele comprando tudo, me metendo, pedindo doces, brinquedos, revistinhas e ajudando a carregar as sacolas. E a gente expurgava na hora de comprar doces... Pense... Era um festival de guloseimas. Totalmente excelente!

E claro, que nesse processo a gente sempre fazia um Pit Stop na famosa barraquinha de doces caseiros, lá nós comíamos muita cocada, doce de leite e lógico muito brigadeiro. Ele sempre teve uma paciência tamanha para esperar eu escolher as coisas. Er... Quer dizer, mais ou menos, porque depois de um certo tempo sempre vinha aquela voz “levemente” irritada: - Escolhe logo, se já teve muito tempo pra pensar, bora... Normal, afinal, se fosse comigo, não sei se teria tanta paciência.

Por minha causa ele dormiu no chão (por um bom tempo), correu pelo aeroporto (pra me pegar) até se cansar, suar e ficar todo esculhambado. Assim como, quase foi preso (em Miami) por pensarem que ele havia agredido uma “pobre criança”. Fora as noites em claro ou mal dormidas, emergências em hospital, tensão pré-vestibular, e muita, muita paciência na hora de ir à locadora de vídeo, eu sempre fui indecisa na hora de escolher filmes, sempre fazia com muito cuidado, ou seja, demoraaaava. Nossa, eu realmente fui motivo para muito trabalho. Mas tenho certeza de que ele não se arrepende. E eu sei que, por mim, ele fez vários sacrifícios, mas juntos nós sempre nos divertíamos e sabíamos a hora de brincar e de falar sério. Só pra constar eu também proporcionei e proporciono bons motivos para orgulho e alegrias, afinal algo de bom também tem que ter né. Sou agradecida por ter amizade dele e seu apoio em minha vida. Ele é realmente o modelo fiel que o define muito bem... Ele é o meu pai... Paizão Ieiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!

Feliz Aniversáriooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Ps: Poderia escrever muito mais sobre ele, mas, como sei que ele não tem muita paciência resolvi poupá-lo de mais este sacrifício uhauhauahuahua kkkkkkkkkk Valeu por tudo paieeeeee iei!

domingo, 10 de agosto de 2008

Todos precisam de amor! (será que algo pode ser tão perfeito?)



Pode sim! E isso é o mais legal. Estou falando de uma visão que tive esta semana. Algo que me deixou estasiada, no melhor sentido da palavra. Logicamente que não são todos que compartilham deste mesmo sentimento, afinal o amor é algo subjetivo. Mas uma coisa é verdade todos precisam dele, seja como for, precisam. A visão que eu tive foi virtual, mas dentro do meu mais querido e freqüentado entretenimento. Foi numa produção cinematográfica que eu vi materializando uma história que mexeu profundamente comigo. Seu gênero e estilo podem não agradar a todos, aliás, nada agrada a todos, então vou parar de dizer isso! Que se dane! O gênero musical somado a uma época ímpar (anos 70) e somente as música dos Beatles, fez surgir um filme chamado Across The Universe, que lindamente conduz seus capítulos com canções marcantes desta banda que eu adoro.

Parece até que o filme foi feito pra mim, ele reuniu elementos que amo de uma forma muito pessoal. Primeiro o fato da história se encontrar na década de 70, um tempo realmente revolucionário, uma época de importantíssimas transformações e evoluções. Um momento em que a liberdade era valorizada acima de tudo, ideologias nasciam, conceitos se desenvolviam, onde a criação pulsava de forma verdadeira e genuína em tudo: roupas, estilos, músicas, expressões e impressões, gerando tendências marcantes e inesquecíveis. Delineando nas paredes e mentes as cores que se misturavam ora de forma psicodélica ora tradicional, florida ou simplesmente monocromática, alternando entre o vermelho sangue e negro das trevas, demarcando um tempo que também foi caracterizado por guerras, mortes e injustiças. Mas, mesmo com todas estas contradições, foi uma época em que se lutou com veemência pelo amor, pela liberdade e harmonia. Foi um tempo lindo, no qual eu não vivi, mas sei por quem viveu como era diferente de hoje.

E claro, temos os Beatles, que são um dos símbolos dos anos 60/70 e que até hoje são os detentores das canções mais bonitas da época. Suas músicas têm essa capacidade singular de falar das coisas mais simples e verdadeiras, em melodias que envolvem e emocionam. Transmitindo uma energia única em cada acorde, tom e nota, propagando uma mensagem forte, criando um som impossível de esquecer, digno de se adorar.

Envolver tudo isso, misturando magnificamente cores, montando uma visão surreal é perfeito. Configurar, assim, diante dos meus olhos tais imagens causou uma grande comoção interna, tantos sentimentos se misturando, tantos significados, e questões que se mesclavam de uma tal maneira, que o importante não era nem mais procurar entender ou achar um motivo para gostar e sim simplesmente sentir e aproveitar cada cena que se apresentava de forma cativante e única.

A quase 5 meses atrás vi o trailer deste filme e fiquei arrepiada, sabia que era bom, sabia que tinha muitas coisas que eu gostava, só não sabia o quanto. Definitivamente ele é especial, por motivos infinitos, mas principalmente por sutilmente delinear em sua trama que todos nós precisamos do amor, em todas as suas formas, intensidades e (claro!) em sua amplidão e proteção, sendo uma proteção livre, sem amarras ou distinção. Sendo pleno, despertando um respeito espontâneo, inserindo em seu contexto uma naturalidade perfeita: a imperfeita perfeição que circunda em torno de nós, que nos eleva a níveis não antes explorados, fazendo-nos melhores, descobrindo assim a graça de se viver para sentir e assim ser de verdade.

Assim, através deste universo que vi, nestas duas horas de pura magia, pude realizar dentro de mim, algo primoroso e talvez a maior mensagem desta história, que é de se valorizar o ser humano, os sentimentos e liberdade de cada um, a luta por poder se expressar de forma verdadeira concreta, expondo suas subjetividades, sendo completo. Então desejo que todos amem, sintam este amor, que não tem a necessidade de ser focado a nada em especifico, pois é maior que tudo, não tem explicação nem sentido. Ele deve ser vivido diariamente, continuamente, mesmo entre obstáculos, raivas e sinais de ódio, ele sempre deve se manifestar, pois só ele tem a capacidade de iluminar e abrir os caminhos de todos.

Por isso, faça um favor a você mesmo, ame despreocupadamente, e seja amado da mesma maneira, ame sem precisar que alguém te ame e sinta o retorno natural de seus sentimentos e ações. Olhe o mundo de uma maneira positiva, acredite em você, sinta as energias que circulam a sua volta somando em você este bem estar. Você consegue sentir? Não é preciso buscar, nem procurar, muito menos achar, ele já existe dentro de você. E nem adianta lutar, pois ele invade a sua alma suavemente, intoxicando sua vida, com uma alegria que nem você sabia que podia sentir.

Eu não quero aqui, ter a ousadia de defini-lo. Não chegaria a tanto. Aqui estão flashes que traduzem um pouco do que sinto. Tudo inspirado por algo tão perfeito e que me fez tão bem. Despertou em mim algo que andava meio de escanteio, a valorização do que me cerca. Andava meio distraída em relação a isso, mas não mais, pelo menos por enquanto. Não importa se outras pessoas não irão sentir o mesmo, eu entendo que esse tipo de coisa varia. O que importa é que recebi ou despertei esta inspiração e por isso, hoje, posso dizer que estou especialmente mais feliz.



Ah e caso não tenha ficado claro, lembrem-se: todos nós precisamos de amor.





Insight psicodelicamente sincero, inspirado no filme Across The Universe.

sábado, 26 de julho de 2008

Ausência presente


Nossa, eu sei! Não escrevo aqui faz tempo. Mas estou me redimindo, porém, na realidade, quero parar de me ausentar. Como disse uma vez Pablo Neruda "ausência é uma casa rápida, que dentro passarás pelas paredes e pendurarás quadros no ar" é uma casa, uma dimensão, um tempo, um momento que nos distância. E estar longe, embora tenha suas vantagens, gera sintomas de saudades e principalmente de esquecimento... E isso não bom. Assim não prometerei nada, apenas o farei da forma que der, e garanto que naturalmente muita coisa surgirá, poque mesmo que haja obstáculos a vontade faz o impossível acontecer. Só para registro já faz algum tempo que estou escrevendo num site sobre cinema, e esta semana que passou fiz uma matéria que me deixou muito empolgada e feliz ao realizar, foi sobre o novo filme do Batman (the Dark Knight), por ter gostado muito de ter feito este artigo resolvi colocá-lo aqui no meu blog pessoal. Esta aí logo abaixo...espero que gostem...aê \O/

Why so serious?


No dia 18 deste mês, em plenas férias, estreou o filme mais esperado do ano, Batman – O Cavaleiro das Trevas. Este filme, caso vocês não saibam, é um verdadeiro exemplo a ser seguido em termos de marketing viral, a campanha realizada para divulgar o longa e criar, com isto, o frisson e expectativas foi considerado um dos mais bem executados até hoje. Integrando a liberação de materiais em doses homeopáticas, para aos poucos aumentar a curiosidade da galera. A publicidade efetivada foi responsável por fomentar a cada novo cartaz, vídeo, trailer, e fotos (que iam aparecendo na internet e TV), o que estava por vir. Os sites oficiais também iam interagindo uns com os outros, exemplo, foi o site dedicado ao Batman que, em sua última semana da campanha, foi supostamente invadido pelo personagem do Coringa, que saiu pichando todas as páginas e imagens do site, destilando seu humor e sarcasmo. Todos esses componentes ajudaram para que o público ficasse numa tremenda ansiedade, loucos para conferir, enfim, o filme.

E nossa! Muito já se falou sobre esta nova produção. Antes, e agora, depois que o filme estreou. Críticos de renome, que puderam ter acesso ao material antes, disseram categoricamente, que o filme estava espetacular. Porém, para muitos outros, o filme só está fazendo o sucesso atual devido sua campanha publicitária, e mesmo que se diga que ele trás uma história tensa e profunda, não passa de uma produção hollywoodiana, o mais conhecido cinepipoca, vazio e superficial. Mas será? Vamos analisar o filme friamente, sem pensar no seu processo preparatório, sem estar já com aquela mentalidade preconceituosa, de que se trata de um filme voltado apenas para bilheterias. Vamos pensar no que se está vendo, vamos esquecer a histeria dos fãs de Heath Ledger e mesmo desta sensação que se tornou o lançamento de Batman, em torno da morte prematura deste excelente ator. Vamos esquecer tudo o que possa nos influenciar e analisar através de critérios embasados, este longa tão aguardado. Porque só assim, teremos uma análise realmente verdadeira e adequadamente merecida ao filme.

Bom, para começar, se você for assistir O cavaleiro das trevas sem ter visto Begins, realmente, não compreenderá a película da mesma maneira como se o tivesse feito. Então, recomendo a todos que assistam o primeiro, para estarem integrados ao universo sombrio e mais realista criado por Christian Nolan (diretor), que deu um tom mais verdadeiro ao longa, assemelhando o filme de maneira primorosa aos quadrinhos.

Assim, Batman – O Cavaleiro das Trevas se caracteriza por ser tenso do início ao fim, e acreditem, até o momento em que se encerra o filme e aparecem os créditos a adrenalina não para. Como esperado as cenas de ação são muito bem executadas, assim como os efeitos que nos surpreendem a cada instante. No entanto, mais do que seqüências de luta, este filme carrega consigo uma trama muito bem escrita e executada, com diálogos inteligentes, reviravoltas alucinantes, e interpretações brilhantes, sendo um dos poucos filmes baseados em HQs a trazer realmente uma história de verdade. Isso porque, todas as vezes que se tenta adaptar grandes histórias em quadrinhos para as telonas, os resultados sempre permeiam em grandes efeitos especiais e histórias rasas, entretanto não é o caso desta seqüência.

Begins abordou o início do Batman, seu nascimento, nos mostrando como e porque Bruce Wayne decidiu seguir por este caminho, de herói justiceiro, nos levando junto com ele na sua jornada de auto-conhecimento. Algo parecido já tinha sido abordado em vários longas anteriores, mas não tão bem contado e executado. A grande importância de Begins foi a inovação de se abdicar de estilizações e imagens caricatas e partir para uma visão mais realista da história. Primeiro passo dado abriu-se então uma brecha para a criação de uma trama que já não precisaria se preocupar em apresentar personagens e sim, desenrolar seu enredo num ritmo mais forte, estabelecendo um novo nível, ocasionando no desenvolvimento deste anti-herói fascinante.

Assim, depois de dois anos a cidade de Gotham, encontra em Batman uma solução para combater a criminalidade constituída através da máfia que domina as ruas. Tendo esfriado as incertas dos criminosos, tudo parece se encaminhar para algo melhor, porém a presença de um novo criminoso, que tem por natureza sua excentricidade psicótica anárquica, leva tudo por terra. Coringa (o vilão), que tem por princípios não seguir regra alguma, cria na cidade de Gotham um ambiente de terror e medo. Obcecado por seus objetivos destrutivos e Batman, ele é o responsável por desenvolver surpreendentemente a trama antagonista com maestria. E nem tente adivinhar seus planos, pois o Coringa tem sempre uma carta na manga para lhe surpreender. Batman, assim, se vê em meio ao seu maior desafio.

As interpretações no filme estão excelentes. Michael Cane (Alfred), como sempre, expressa sua sabedoria e sutileza (muito bem humorada) ao se apresentar como a figura paterna que ainda resta ao bilionário Bruce Wayne. Falando nele, Christian Bale (Bruce Wayne/Batman) também está excelente, embora muitos críticos tenham argumentado que sua interpretação foi apagada comparada ao do Coringa, isto não é verdade. Bale dentro do seu papel desenvolveu e passou o morcegão de nível, assumindo-se de forma mais veemente como anti-herói que é. Talvez a única ressalva em sua interpretação seja a impostação de voz desenvolvida por Batman, que ficou assustadora e ao mesmo tempo engraçada. Parecia que ele precisava urgente, de uma pastilha de menta, mas... Fora isso, encontramos na trama um Batman violento, sagaz e concentrado em seus objetivos, como nunca se viu antes.

Harvey Dent é muito bem representado por Aaron Eckhart, que desenvolve o nascimento de um novo vilão, o Duas Caras. Maggie Gylhenhall trouxe mais expressividade, a anterior sem sal, Rachel. O agora, Comissário Gordon, está perfeito na pele de Gary Oldman. E por último, logicamente não menos importante, está o Coringa, que definitivamente está sensacional, mas veja bem, isso nada tem haver com a morte do ator, e sim com a sua interpretação, que traduz em expressão e voz a construção de um personagem sólido, extremamente carismático e doente. É impressionante poder observar como Ledger desenvolveu algo totalmente novo em cima de uma imagem tão batida e caricaturada, sua ironia e sarcasmo misturado a momentos fortes de violência conseguem transmitir de maneira verossímil a demência e inteligência deste vilão psicótico, que se alterna entre momentos cômicos e assustadores, em segundos. Se Ledger, como comentam, for indicado ao Oscar por sua interpretação não estará sendo alvo de nenhuma onda sensacionalista e sim estará sendo reconhecido por seu trabalho impecável.

Confiram o trailer aqui (que dá apenas uma leve idéia de quanto o filme é bom):

Posso dizer sem receios que Batman – O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme do ano, a melhor adaptação dos quadrinhos realizada até hoje, (difícil de ser superada). E é isso tudo mesmo. Não pelo marketing viral, que vem se desenrolando praticamente um ano antes de seu lançamento, mas sim por sua qualidade, que envolve tudo (cenário, efeitos, figurino, interpretações e principalmente por sua história bem executada). Claro, que uma coisa ou outra pode não agradar, aliás, a coisa mais difícil na vida é deixar a todos satisfeitos. Porém, aos críticos de plantão que se preocupam em ressaltar e procurar apenas os defeitos dos filmes, e que olham torto analisando Batman de cara fechada, destilando apenas seu veneno disfarçado de credibilidade, deixo a eles uma sutil pergunta, ao porque desta não aceitação, pergunta essa vinda do próprio antagonista deste filme: - Why so serious?

domingo, 8 de junho de 2008

I’M BACK! YEAH!!!! \O/


Estou de volta, finalmeeeeente, depois de um bom tempo ausente voltei para ficar. Vamos todos comemorar: que rufem os tambores, que a luz divina apareça e que cantem o maldito coro gregoriano, é um verdadeiro milaaaagre. *_______* YEAHHHHHHHH!!!! A desculpa é uma só: trabalho, trabalho e trabalho. E um pouco de preguiça também... é verdade. Mas agora oficialmente ressuscito meu blog, que vai voltar com tudo. Então se liguem caros amigos e leitores, pois estarei postando mais confusões, opiniões e reflexões dessa mente em construção. (não que isto realmente interesse a alguém, mas estou de volta). Caso não tenham reparado o blog está de cara nova, muito mais lindo e fofo, graças a minha amiga Chris, que também possui um excelente blog (confiram!) Quero aproveitar este momento para publicamente agradecer a ela pelo ótimo trabalho desenvolvido. Valeu Chris!!!

Ah... e caso estejam afim confiram abaixo o novo post! Aê!!!!!!!

Má educação


Uma mudança mexe com todo um sistema, isto feito, começa então a luta por estabelecer seriedade em sua resolução (a que provocou tal mudança), para que esta seja real, seja verdadeira. Não sabe exatamente do que eu estou falando? Tenha calma, olhe ao lado e comece a ter uma idéia. Mas antes, vamos começar pela raiz, o inicio de toda essa porcaria.

Veja bem, os maus hábitos nem sempre tem haver com a nossa educação propriamente dita (a dos pais), pois mesmo aqueles que são educados com a máxima proteção, podem desenvolver certos vícios e comportamentos destrutivos, e mesmo sendo alertados não conseguem agir de maneira correta.

Essa atitude revoltada, não necessariamente é insubordinada, mas sempre envolve a questão da satisfação, pois em nome dela você ignora todos os alertas e vai a busca daquilo que quer, daquilo que te satisfaz, não se importando com as consequências.

Todos que me conhecem sabem do meu nocivo hábito alimentar, e a verdade é que por muito tempo exagerei bastante, bom agora vieram as consequências..ê beleza! O Meu problema é ter exagerado nas besteiras, (que tem um sabor incrível, mas só isso) eu me alimento tanto da parte saudável quando dá rica em açúcar, sal e gás...e bote muito gás nisso (adoro refrigerante).

É mas uma hora o corpo da gente reclama, e principalmente padece. E este cenário e complicações gástricas e muita dor foi o que determinou, ou melhor, obrigou algumas resoluções. É impressionante, como o ser humano precisa de uma sacudida, um tapa na cara para poder visualizar a merda que está fazendo. Ok, eu visualizei e realizei. Percebi que tinha que tomar uma atitude, pois a acomodação e satisfação excessiva estavam prejudicando a minha vida. É em algum momento é preciso sair debaixo da sombra e da água fresca (esta ilusão de que está tudo bem, que nada vai te acontecer) e ver que existem outras opções, existe uma nova maneira de se viver tão prazerosamente como a anterior. Não estou falando de radicalismo, mudar da água para o vinho do dia para noite, não, isto é impossível, e quando é feito assim não dura muito.

É preciso determinação e principalmente equilíbrio para harmonizar meus hábitos alimentares, para que suas conseqüências não se tornem o centro das atenções em minha vida e que por isso eu deixe que fazer outras coisas que me satisfazem. A gente é o que come? Certamente. E eu nos últimos tempos era um armazém lotado até o teto de lanches fast food, doces (muitos chocolates) e muito, mas muito refrigerante. Uma mistura bastante inflamável. Bom, devo informar a vocês, que este armazém apresentou muitos vazamentos, ocasionando numa explosão parcial de sua área. As avarias foram consideráveis, o suficiente para que o dono do local finalmente tomasse a resolução que era preciso mudar o material a ser estocado, por algo menos perigoso, menos corrosivo.

A intenção agora é estocar somente material saudável, é preciso mudar aos poucos focado no objetivo de melhorar. Hoje, a mudança é mais abrupta, por conta até de restabelecer o meu bem estar, entretanto com o tempo eu (o armazém em pessoa) poderei com sabedoria dosar, para poder fazer aquilo que eu quiser sem comprometer meu equipamento (meu corpo) que se encontra em recuperação no momento.

O mais interessante é que eu sempre soube que este dia ia chegar, sempre soube das consequências que viriam e não me mexi, não agi. Hoje sofro as consequências do meu erro e justamente escrevo sobre ele para que outras pessoas não precisem sentir na pele o que eu senti. Usar a inteligência em causa própria é saber dosar, equilibrar seus prazeres, para que estes não proporcionem o inverso, transformando-se no veneno que irá te derrubar. Estou desenvolvendo este equilíbrio diariamente, construindo um dia a dia mais saudável, me reeducando, expurgando o mau comportamento que adquiri e me viciei por tanto tempo. Então agora é ir à luta!

Insight inspirado na imbecilidade do exagero (do meu exagero).

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Brain Storm (Chuva O.O)


Sereninho.

Sereno.

Passageira.

Alguns pingos.

Nuvens.

Neblina.

Nervosa

Pulsam

As veias.

Impaciência.

Coceira.

Tique.

A Tormenta.

Devaneios.

Fúria.

Choque.

Furiosa.

Olhar

Serrado.

Trêmulo.

Morte?

Não!

Má sorte.

Relâmpagos

Raios

E trombetas

Deus!

Sua ira.

Não!

A minha.

Muito?

Talvez

Pouco?

Nem sempre

Mania de perseguição?

Provavelmente.

Poças d’água.

Lama.

Sujeira.

Embaçado

Cinza.

Perigo.

Escorregadio.

Sentimento

Que inerva.

Ferve.

Um corpo

Cheio

De ferocidade.

Umidade.

Ausente de bondade.

Que reclama!

Exclama!

Reflete

E se revolta.

PS: mas que depois inspira....expira conta até 10...100...ou 1000(dependendo dos mililitros derrubados) e... se acaaaaalma. O corpo esfria, os olhos desincham, perdendo sua cor avermelhada, e voltando ao normal pouco a pouco reintegram a integridade de quem outrora era tão tranqüilo e positivo. Polly sim, mas definitivamente, não o tempo todo. E tenho dito.

Insight inspirado numa puta chuva que levei essa semana. Puta mundo injusto, meu!!!!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Olhando para cima...


Deitada na grama, na cama, no chão, na terra, na rede, na areia, os pensamentos voam: imagens, palavras, músicas, cheiros, sentimentos. Os momentos de quietude revelam sempre algo interessante, nos permite um profundo mergulho, e assim descobrir um pouco mais dos mistérios que cada um de nós carrega em si: o de sua própria essência. Relaxada, tranqüila, serena, com a paz de espírito pulsante, vejo praticamente diante dos meus olhos o vento passar, as árvores lá em cima se movimentam ora suavemente ora agitadamente, parecem conversar umas com as outras (é tão bonito). Passarinhos cantam e interagem uns com os outros, azuis meio amarelos, verdes meio vermelhos, cores que indicam a vida. A natureza em minha volta (até no comigo ninguém pode* que fica na varanda) respira, eu posso sentir quando o ar é inspirado e expirado, posso sentir que há vida. O céu azul, tão azul, que dói nos olhos criando a imagem de vários pontos de luz que se movimentam como pequenos insetos (como pequeninas fadinhas) dando àquele instante uma atmosfera de pequena magia. Bem te vi....bem te vi é o que escuto ao longe. Bem te vi mais umas dez vezes (esse pássaro é realmente insistente). Fecho os olhos.

Os efeitos do sol fazem com que eu, com os olhos serrados, veja uma imensa combinação de cores (azul escuro, rosa claro, amarelo, verde, azul claro, roxo, vermelho lilás), elas se movimentam e se transmutam numa velocidade amena (gostosa de se observar) parece um grande evento cósmico. Nele eu vejo rostos que passam rápido diante de mim, vozes suaves, sussurros, uma música tranqüila (acordes de flauta e de pianos despertam uma energia calma que suaviza meus movimentos) de repente, a visão que antes estava embaçada, ganha uma nitidez maior. Aos poucos posso ver um jardim, não, uma plantação de uvas. É tudo tão verde e posso por alguns segundos sentir com intensidade o cheiro das uvas verdes graúdas e maduras. Num impulso viro o rosto para outra direção e vejo uma enorme plantação de tulipas (de todas as cores), na verdade suas cores se misturam e se movimentam num campo que mais parece um tapete de flores, as cores que nelas estão começam e emergir (sair, ou melhor, se replicar) e assim começam a colorir o céu (É tão lindo) sinto meu corpo quente. É quando vejo que também estou envolvida por todas aquelas cores, por toda aquela energia. Sinto uma grande sensação de bem estar. Eu sei que estou sonhando, eu tenho a consciência que o que eu vivo naquele momento não é real ao toque terreno, mas acontece e se registra em mim de alguma forma, ou será um reflexo da minha forma, da minha forma interior, do meu mundo interior?!? Não importa, só o que interessa agora é o enorme bem estar que sinto. Não é algo novo, mas faz algum tempo que não sinto (é como aquela saudade que você sente de algo da infância). Suavemente sinto um toque (é tudo muito rápido) quando percebo sinto um grande abraço, depois sinto como se mais pessoas me abraçassem ao mesmo tempo (é tão aconchegante), sinto uma enorme alegria (algo que é contagiante e ao mesmo tempo tão sereno, tudo tão sem pressa). Abro os olhos.

É difícil enxergar, sinto uma preguiça boooaaa, aos poucos o que era muito claro vai se adaptando, a nitidez chega e consigo ver as fadinhas novamente. Elas se movimentam e tranqüilamente se incorporam ao azul tão azul, que está acima de mim, e somem sem deixar pistas. Fico piscando por algum tempo pra ver se elas voltam, mas não. Tudo bem. Isso já aconteceu antes, outra hora elas voltam. Por um breve instante, lembro do sentimento de alegria e serenidade que senti a pouco, e misturado com ele veio uma grande saudade de algo que não sei explicar, chego a sentir uma dorzinha no coração (é a saudade dói), mas o que acontece quando não se sabe, ao certo, do que se sente falta. Por outro instante me preocupo...


...e depois esqueço.

Insight inspirado num cochilo.

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* Comigo Ninguém pode: pra quem não sabe é uma planta que muitas pessoas tem em casa, para a proteção contra más energias. :P

quarta-feira, 5 de março de 2008

Divagações de uma transeunte imaginativa.



A certeza da caminhada começa com uma sensação ofegante, uma pequena preguiça do caminhar que antecede ao seu acontecimento. O caminho é reto e nele há algumas elevações que consigo ver ao longe. É cedo, o sono ainda se camufla dentro de mim e meus pensamentos flutuam sobre a paisagem que passa de forma rápida ou lenta demais.

Vozes ao longe e perto, risadas, bocejos, uma música acanhada saindo de um carro com a porta aberta (Será que ele não tem medo de assalto?). Uma empregada canta baixo enquanto a vassoura parece ajudar com o ritmo, como um instrumento de percussão. Todos parecem estar em movimento e eu também.

Os passos iniciam-se devagar, pouco segundos depois o ritmo acelera de forma mais agradável. A igreja que antes era aberta e sem proteções agora exibe grades em toda sua volta, pedreiros ouvindo rádio e falando de futebol se aglomeram na parte externa gradeada. (Eles parecem mais felizes que o morador do prédio ao lado, que a pouco saiu estressado em seu Honda Civic).

Árvores por todo o caminho, ultimamente muitas folhas mortas no chão. (Hummm outono, tão bonito, tudo laranja, anunciando o recomeço, anunciando que a morte não é fim, e sim apenas o fim de um ciclo – Hei! Mas já é outono? A gente não estava no verão O___o. Porque as folhas estão caindo agora?).

O sol está queeeente, mesmo cedo já dá pra sentir o calor intenso, mas o dia está lindo, céu azul, poucas nuvens, perfeito. (Eita, as folhas! Deve ser o aquecimento global). Pessoas caminhando, andando de bicicleta, crianças e mais crianças, indo para o colégio (Hummm cheirinho de banho tomado, elas caminham felizes conversando e brincando, tudo parece muito divertido. Quantas ali ainda são ingênuas? Quantas ali sabem o que querem da vida? Quantas ali terão oportunidades reais? Quantas irão crescer ? – queria apertar algumas... principalmente os mais pequenininhos ownnnnn muito fofos >_<).

Uma mãe passeia com seu filho no carrinho. Ele olha pra mim. (Fofo! Ownnnnnnnnnnnnnnnnnnn bebê, coisa mais linda - como o olhar de uma criança é profundo: tanta curiosidade, alegria, espontaneidade). Acho que sorri de volta pra ele. Em muitos momentos me perco. (Será que falei em voz alta o que pensei, será que cumprimentei mãe... distraída em pensamentos e ações, confundo por alguns segundos fantasia e realidade. Será o sono? Ou será que o excesso de coca-cola está provocando alucinações em mim).

Um mercadinho desponta na esquina do outro lado da rua. Tento atravessar. Paro. Carros passam. Uma pausa. Inspiro. Expirooo. Um raio de sol cega um dos meus olhos. (Cores misturadas parecem construir momentaneamente auras diferenciadas nas pessoas) Prossigo. Os passos desfilam de maneira automática, o ritmo está tão sintonizado que pareço, por segundos, suavemente flutuar. Sinto a animação me contagiando. (Peço aos Deuses um bom dia, parece já ter começado com boas vibrações.). Olho pra cima. (O prédio laranja é tão alto.) Uma pequena topada.Opa! (Momento gota, tudo bem isso acontece.J). Viro a esquina. Cheguei! Sinto que poderia andar mais... (Pow!! Agora que eu tava pegando ritmo >__<).

Insight inspirado à caminho do trab.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sou cocólatra, tenho gastrite e sou feliz (O___o)




Qual o seu vicio ?? O que!!! Você não é viciado?? Pense bem.... vamos.... pense de maneira mais aberta. Não estou só falando do óbvio. Alias estou falando justamente do que não é obvio, afinal todos nós sabemos que cigarros, bebidas alcoólicas, e os diversos entorpecentes que existem por ai, são drogas pesadas que causam uma dependência feroz. Porém há muitos outros vícios que desenvolvemos em nossas vidas, que nos consomem de tal forma que nos impulsionam a consumir cada vez mais e mais. Há quem diga que se trata de manias, tiques ou hábitos, mas eu sei que são diferentes formas de vícios, que de maneira disfarçada, nos desgastam e causam dependência tanto quanto as drogas pesadas. Claro que seus efeitos não são tão graves quanto às drogas, entretanto podem ser devastadores no sentido psicológico. A psique é justamente o foco de origem que alimenta o vicio comportamental do ser humano e sem exagero pode ser tão destruidora quanto um vício químico forte. Há também a dependência química fraquinha, mas que em longo prazo ou dependendo da quantidade consumida pode ter desagradáveis conseqüências.

Você tem consciência dos seus vícios??? O.o Bom, eu creio que no meu caso eu tenha consciência de alguns. É não adianta fingir ou fugir sou viciada por algumas coisas, qualquer um que me conheça um pouco, prontamente, já poderia dizer que uma bebida preta (xaropão) gaseificada é um dos meus vícios mais fortes. E já, eu já disse em voz alta: eu sou cocólatra. É a realidade, o que se há de fazer... er... eu sei... eu poderia beber menos, mãaas não consigo...Adooooorooooo *__*!!! É, e quem agradece é minha gastrite que a cada dia que passa se torna mais presente em minha vida. Mas se eu quiser eu paro! Nosssa meu!!! Mó papo de viciado :P uhauahauhauhaua Mas sério quando eu quero eu diminuo, mas mesmo assim deveria parar por uns tempos. Estou trabalhando nisso ><”. Tenho também uma certa queda por chocolate. Que conste aí, chocolatra também (posso ficar meses sem comer chocolate, mas de repente bate aquela vontade louca e aí não penso em outra coisa até matar o desejo); :P Cinéfila (preciso ver filmes constantemente); Necessito de muita música (sério O.O); Fazer ou comprar brincosss... sempre que der (fico hipnotizada por brincos bonitos) e mais recentemente milkshake ovomaltine do bob´s.

Acredito que eu deva até ter mais vícios, mas não os percebo, são os inconscientes, de todo jeito admitir o que se percebe é um começo, seja para remediar, desenvolver auto-conhecimento, ou simplesmente para saber, mesmo que não se faça nada a respeito. Afinal somos livres para escolher o que quisermos, o importante é termos consciência dos efeitos dos nossos atos, uma vez isso registrado em nossas mentes a responsabilidade é nossa, então tudo o que fizermos será problema nosso. E se soubermos agüentar qualquer conseqüência que surgir seremos responsáveis por nós mesmos sem encher o saco de ninguém. E aí é que ninguém vai ter nada haver com isso messsmo.

Aprecie tuuuudo, mas com moderação (ou não) a escolha é sua. Mas lembre-se das conseqüências, consciente disso viva tudo o que há pra viver. Contradições e semelhanças, exageros e simplicidade, afinal é disso que é feita à vida.

Insight inspirado pela gastrite e reflexão acerca do post (Do ditado: você é o que você come) do blog Desoriental


segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Ownnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn!!! *_*



Existem certos sentimentos que são incontroláveis, causando uma reação instantânea, um reflexo inconsciente, que pode provocar situações, digamos... constrangedoras, mas não pra quem as faz, mas pra quem as vê. Estou falando dê uma emoção muito sufocante que domina a pessoa e faz com que ela ressoe sons agudos contínuos, espantando ou chamando atenção de quem está a sua volta. Mas afinal que agonia é essa?!!?! O que provoca tal reação?!?! De onde vem isso?!?!? Ò.Ó Bom essa emoção agoniante incontrolável tem nome: FOFURA.

É...é verdade, tudo culpa da fofura!! Maldita seja!! Ela pode ser encontrada em várias coisas (coisinhas melhor dizendo) ou situações, ou mais precisamente em: filhotinhos, bebês, bob esponja, pucca, caveirinhas(RPG), enfim em tudo que for pequenininho, meigo, delicado, até mesmo em olhos tilintantes *___*.

Assim tudo que for muito fofo emerge reações bastante peculiares como: juntar as mãos fechadas na altura do peito e ecoar um grande e mega Ownnnnnnnnnnnnnnnnnn ***____***!!!!

Mas se você tem essas reações rápidas e incontroláveis, não se preocupe, você não está só, existem outras pessoas, assim como eu, que compartilham deste mesmo sentimento, seja de vez em quando ou o tempo todo. Para aqueles que são envolvidos por esta emoção constantemente, arrancando olhares tipo arregalados e de pena (¬__¬”): Paraaaaabéeeens!!! Você sofre da chamada síndrome de Felicia. Essa síndrome foi carinhosamente intitulada com o nome de uma personagem do desenho animado Looney Toons. Assim Felicia é uma menina aparentemente calma e bondosa, mas que desenvolve uma verdadeira obsessão por animais de estimação ( principalmente filhotinhos), despertando nela reações de exxxtremo zelo e cuidado, assim ela sente uma forte necessidade de cuidar, amar, mimar, apertar, amar, apertar +, abraçar, amar, abraçar beeeem forte, amar, amar, amar, até esmagar ou explodir. Ownnn é muito amor!!! É uma pouco doente tb. Ok! É muito, admito >